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Cinema Pan-Africano: Festival Internacional arranca em Luanda

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Mais de quarenta filmes em representação de vinte e três países vão ser exibidos na terceira edição do Festival Internacional de Cinema Pan-Africano de Luanda (LUANDA PAFF 2024), que arranca hoje, uma realização da Academia Kongo Bizizi LDA e o Instituto Pan-Africano de Cinema.

Nesta edição, que decorre até ao próximo domingo, no Cinemax (Fortaleza, Kilamba e Nova Vida), na Mediateca do Cazenga “Zé Du” e no Complexo Escolar de Artes “CEARTE”, a organização vai homenagear o realizador senegalês Ousmane Sembène.
Entre os filmes selecionados constam nove longas-metragens de ficção, onze curtas-metragens de ficção, nove documentários de longa-metragem, sete curtas-metragens documentais, quatro filmes de animação, duas curtas-metragens angolanas, um longa-metragem documentário angolano.
Entre os vinte e três países que fazem parte do Luanda PAFF 2024 vão participar Angola (anfitriã), África do Sul, Alemanha, Brasil, Camarões, Colômbia, Egito, EUA, França, Holanda, Malawi, Marrocos, Namíbia, Nigéria, Portugal, Quénia, República Democrática do Congo, Senegal, Sudão, Togo, Tunísia, Reino Unido e Serra Leoa.
O homenageado, Ousmane Sembène nasceu a 1 de Setembro de 1923, em Casamansa, no Senegal, e morreu a 9 de Junho de 2007, em Dakar. Foi o primeiro realizador de cinema de um país africano a alcançar reconhecimento internacional. O cineasta continua a ser a figura principal na ascensão de um cinema africano pós-colonial independente. Atravessando as fronteiras geográficas e nacionais do seu Senegal natal, a produção literária e cinematográfica de Ousmane Sembène coloca-o hoje como o “pai” dos filmes africanos.
O Festival Internacional de Cinema Pan-Africano de Luanda (LUANDA PAFF) é um evento de cinema anual que celebra o cinema angolano e pan-africano e exibe filmes produzidos em África, na diáspora e de todo o mundo, fundado em Outubro de 2019 por Ne Kunda Nlaba, produtor de cinema, diretor e professor de Cinema da Academia Kongo Bizizi LDA, do Instituto Pan-Africano de Cinema.
Conferência sobre a identidade da mulher africana no Cine Geração
A realizadora franco-italiana Sabrina Onana e o historiador, antropólogo e artista plástico angolano Filipe Vidal são os preletores da conversa sobre a identidade da mulher africana, que acontece, na sexta-feira, a partir das 18h00, na Geração 80, em Luanda.
O evento, em parceria com a Aliança Francesa de Luanda, acontece no âmbito do Festival Internacional de Cinema Pan-Africano de Luanda, que arranca hoje, em várias salas de cinema de Luanda.
O filme “Je suis noir, je suis belle” será programado, amanhã, no período da manhã, no Complexo Escolar de Artes “CEARTE” e no período da tarde, no Cinemax Nova Vida. A conversa acontece depois da exibição do filme documentário escrito e realizado por Sabrina Onana sobre a experiência afro-feminina.
Em “Je suis noire, je suis belle” doze mulheres afro-francesas falam abertamente e sem tabus a sua relação com a identidade, a beleza e a feminilidade. No documentário surgem vários temas como a relação com o cabelo, os padrões de beleza, o olhar masculino, a representação mediática da mulher negra e o seu impacto em cada uma delas na construção da identidade de cada mulher.
Entre a hesitação, confiança, alienação e resiliência, as suas viagens levantam o véu das questões que preocupam tanto as sociedades africanas e caribenhas quanto as sociedades ocidentais, encorajando a abertura de um diálogo honesto e construtivo e extracomunitário, oferecendo ao mesmo tempo, uma reflexão sociológica e social.
Autodidacta, realizadora, fotógrafa e designer de moda, Sabrina Onana é uma artista de 25 anos, de origem ítalo-camaronesa, licenciada em Sociologia Contemporânea pela ENS-Paris Saclay e pela Sorbonne.
Foi durante seus anos de licenciatura em Ciências Sociais e Políticas na Universidade PSL-Paris Dauphine que descobriu sua paixão pelo cinema documental – após realizar seu primeiro filme documental, Crossing the color line (2020). Desde então, foram realizados vários projetos artísticos e culturais, centrados sobretudo nas identidades afro-caribenhas.
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