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A exposição “Monami”, do artista plástico angolano Alberto Funda, está patente na galeria de Artes Motiró, no Estado da Bahia, no Brasil, comportando 16 obras, que apresentam uma proposta inovadora e proporcionam um encontro entre diferentes formas de expressões artísticas e culturais.

Em “Monami”, inaugurada a 23 deste mês e que ficará aberta ao público até o dia 7 de Dezembro próximo, Alberto Funda encanta os visitantes ao propor um diálogo íntimo entre o espectador e o seu universo criativo.

“Mais do que uma mostra estética, a exposição celebra a arte como uma ponte cultural que une histórias e sensibilidades de diferentes origens”, defendeu o artista, que partilha a experiência na Comunidade de Teixeira de Freitas, na Bahia.

Composta por 16 obras vibrantes, “Monami” explora o poder e a essência da família africana. Desde o milagre da gestação até a conexão profunda entre pais e filhos, as pinturas são uma homenagem à maternidade e à paternidade.

Os traços do artista, marcados por rostos de animais, simbolizam a energia protectora e as vibrações universais, enquanto o uso intenso das cores guia o espectador por uma jornada de introspecção e emoção.

A escolha do termo reforça a narrativa da exposição, que destaca a relação entre pais e filhos como pilar central da sociedade africana, por isso recorre a palavra “Monami”, que em kimbundu significa filho.

Na abertura da exposição contou com a apresentação especial do Coral Musical, formado por estudantes do Colégio Henrique Brito, que proporcionou um encontro entre diferentes formas de expressão artísticas e culturais.

Alberto Funda é natural de Luanda e traz nas suas obras um vibrante jogo de cores, que se destaca como elenco central da sua produção, sem se limitar a escolas ou correntes artísticas específicas. O artista apresenta uma abordagem que mistura espontaneidade e técnica, resultando de uma trajectória marcada por aprendizado e experimentação.

O angolano formado em Psicologia Clínica pela Universidade Lusíada de Lisboa, começou a desenhar ainda criança, inspirado pelo tio que trabalhava com murais religiosos. Em 2018 decidiu aprofundar-se na pintura, consolidando a sua carreira com exposições regulares.