Especialistas expectantes com vinda de Biden a Angola

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A primeira visita de um Presidente dos Estados Unidos de América ao nosso país continua a suscitar várias reacções e expectativas da classe política, académica e sociedade em geral.

O especialista em relações internacionais, Lendário Zalata, disse que, para além das outras entidades da Administração Biden, poderá contar com a presença da Presidente da União Europeia, a primeira-ministra Italiana, como resposta as políticas do Executivo do estadista, João Lourenço. Por isso, Zalata, entende que a visita do Presidente Joe Biden, ficará regista na história de Angola.

Já, Mirian Nzinga Faria, é de opinião que a visita do Presidente Joe Biden, ocorre numa altura crucial para encerrar e consolidar os acordos sobre o corredor do Lobito, antes que o sucessor que toma posse à 20 de Janeiro de 2025, inviabilize os investimentos feitos.

Por seu turno, o jurista português e, professor da Univesrité Paris-Cité e Research Associate African Studies Centre, Rui Verde, disse nesta quinta-feira à Rádio Correio da Kianda que, a visita de Joe Biden á Angola nesta segunda-feira, é um símbolo portentoso, e não existam dúvidas do relevo que os EUA quer dar a Angola, mais importante do que qualquer acordo que se possa assinar, ou manifestação de intenção, é colocar Angola no centro de África.

O professor Rui Verde, disse ainda que, “Angola vai se tornar em um menino bonito do ocidente em África”, com a possível vinda da Presidente da Comissão Europeia e da primeira-ministra italiana, como já foi menino bonito da China.

O académico referiu que Angola terá de adoptar regras bem claras de boa governação e uma intensificação do combate a corrupção.

Já, o Presidente da Associação Cívica “Mãos Livres”, Guilherme Neves, entende que, a visita de Biden visa passar em revista os mais variados acordos que os EUA têm com Angola e África em geral.

O líder associativo, falou também dos investimentos que os Estados Unidos de América injectaram no sector da energia solar, com mais de 900 milhões de dólares, 250 milhões de dólares para o corredor do Lobito, mais de 5.7 milhões disponibilizadas para a formação e assistência técnica, com vista a gerir a divida externa.

Guilherme avançou ainda que, Angola beneficiou de 4 milhões de USD, para a profissionalização militar.

Por seu turno, o cientista político, Eurico Gonçalves, diz acreditar que Angola deve estar no centro das atenções do mundo, marcando confluência de imensos desafios tradicionais e emergentes, mesmo assim, a visita do Presidente dos EUA representa um aspecto importante na atracção da intenção e retenção da comunidade internacional.