Prolongamento define vitória de Moniz Silva
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O destino do basquetebol continua a ser confiado a José Moniz Silva, candidato da Lista A, por mais quatro anos, depois de merecer a confiança do eleitorado, terça-feira, após a conclusão da segunda volta, ao vencer, por 24 votos a favor contra 12 de Carlos Almeida(Lista B).
A presidente da Comissão Eleitoral, Paulett Lopes, destacou o ambiente de cordialidade e o espírito democrático durante todo o processo eleitoral, quer na primeira, quer na segunda volta, pouco antes de proclamar a vitória da Lista A.
Depois do empate técnico, a 18 votos para cada um, na primeira volta, Moniz Silva conseguiu reverter a tendência nos ciclos eleitorais de Benguela e Huambo, onde houve empate a três e a dois respectivamente, e conseguiu desfazer a igualdade com mais um voto em relação ao pleito de sexta-feira.
Em Malanje não houve qualquer alteração, Moniz Silva voltou a vencer (3-2) pela diferença mínima, mas aumentou a diferença para 13-1, em Luanda, depois do 10-4 na primeira volta. Por seu turno, Carlos Almeida, voltou a vencer na Huíla(1-3), mas perdeu um eleitor, repetiu a proeza no Namibe (0-2), assim como no Cuanza-Sul(0-1). Os então aspirantes terminaram empatados a 11 votos cada um nos círculos eleitorais fora de Luanda.
Em declarações à imprensa, a representante da Lista A, Agbessi Neto, exteriorizou a satisfação pelo facto de os eleitores terem reflectido e reavaliado a decisão inicial.
“Foi reflectido uma mudança, ficou espelhado o empate técnico nos círculos eleitorais fora de Luanda, depois da vitória da Lista B na primeira volta. Entretanto, Luanda teve um peso enorme nas contas finais”, concluiu.
Madalena Félix, mandatária do candidato Carlos Almeida, disse que correu tudo dentro da transparência e felicitou Moniz Silva pela vitória, fazendo votos de uma gestão voltada ao engrandecimento da modalidade.
“Faço uma analogia como se fosse uma partida de basquetebol. Fomos a um prolongamento e saiu vencedora a equipa que montou a melhor estratégia e cometeu menos erros. Fizemos tudo que esteve ao nosso alcance, mas a decisão esteve sempre nas mãos dos associados”, referiu.
O comentarista para o basquetebol Weza Fortunato analisou os factores que levaram à recondução do presidente cessante. Segundo Fortunato, o resultado não foi uma surpresa, dado o contexto das negociações prévias ao pleito.
“Não fiquei surpreso, já esperava este desfecho devido aos acordos firmados. Estas eleições foram uma disputa marcada por contrapartidas, como ficou claro nos debates televisivos. O presidente cessante, agora reeleito, estabeleceu compromissos com algumas agremiações desportivas e associações, especialmente no que diz respeito à remodelação de infra-estruturas desportivas”, afirmou Fortunato.
Para o comentador, esses acordos foram cruciais para garantir a continuidade de Moniz Silva à frente da FAB, evidenciando o peso da política de alianças no cenário desportivo angolano. “Esta situação foi determinante para o desfecho”, reafirmando que as promessas de reabilitação estrutural desempenharam um papel significativo na escolha final das associações e clubes votantes.
A vitória de Moniz Silva reflecte o apoio às suas propostas, mas também traz desafios, como a necessidade de cumprir as promessas feitas durante a campanha.
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