Exército assinala 33 anos com foco na modernização contínua
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O ministro da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos “Liberdade”, garantiu, segunda-feira, que o Executivo, sob a liderança do Presidente da República e Comandante-Em-Chefe das Forças Armadas Angolanas, João Lourenço, está empenhado na mobilização de recursos necessários para a melhoria das condições de trabalho e de aquartelamento dos efectivos do Exército
Na mensagem de felicitações por ocasião do Dia do Exército, que se comemora hoje, o ministro destacou, a melhoria das condições de trabalho das regiões militares Nordeste, Sudeste e Médio Cuanza, criadas recentemente no âmbito do Processo de Reestruturação, Redimensionamento e Reequipamento das FAA, para configurá-las à conjuntura política e económica vigente no país.
João Ernesto dos Santos, considera a data “um bom motivo para reflexão sobre o impacto das acções, em conformidade com o objecto Constitucional”.
Exército, refere o documento, contou com gerações gloriosas de efectivos que serviram, com responsabilidades e integridade, a Segurança e Defesa Nacional de Angola.
A mensagem acrescenta que o Exército não deve nunca perder de vista o adestramento permanente das forças, no âmbito dos programas de instrução e preparação combativa, operativa e educativo-patriótica, em que devem procurar com sentido do dever e de missão superar os níveis alcançados nos processos de instrução anteriores, pois só assim estarão, garantidamente, à altura das responsabilidades na defesa militar, mantendo a capacidade de superação e resiliência, preservando firmemente os valores do patriotismo e lealdade.
“Aproveito a oportunidade para render homenagem aos bravos companheiros de armas que em diferentes circunstâncias perderam as suas vidas pelo bem maior da nossa Pátria, expressando o desejo de a sua memória ser a base sobre a qual construiremos um futuro mais promissor”, lê-se na mensagem.
Estado-Maior destaca glórias e realizações
Noutra mensagem, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), Altino José dos Santos, assegurou que o Exército vai continuar a manter a vigilância e prontidão combativa, reforçando a organização e disciplina em todos os níveis da defesa da integridade territorial.
Os 33 anos de existência daquele ramo das Forças Armadas, recordou o general de Aviação, foram marcados por períodos de glórias e realizações, onde despontam a bravura, resiliência e a determinação.
Hoje, mais do que nunca,enfatizou o general de aviação, a responsabilidade do ramo de maior implantação territorial mantém-se inalterada, numa altura em que prevalecem guerras e conflitos cujas consequências directas e indirectas afectam não apenas as nações directamente envolvidas, mas também a paz e a segurança internacional, lê-se na mensagem.
Uma história carregada de simbolismo e reconciliação nacional
O Exército, maior ramo das Forças Armadas Angolanas (FAA), foi criado a 17 de Dezembro de 1991, ao abrigo dos acordos de Bicesse, rubricados em Estoril-Portugal entre o Governo e a UNITA.
Transformou-se num símbolo de unidade e reconciliação nacional, através da integração de efectivos de ambas as partes, com a criação deste instrumento vocacionado para a defesa do território numa base rigorosamente apartidária.
O Exército tem como missão primária a defesa do espaço terreste nacional. No entanto, têm outras missões atribuídas, tais como participar em missões de apoio à reconstrução de infra-estruturas sociais e bem-estar das populações.
No quadro dos acordos assumidos pelo Estado com a Organização das Nações Unidas (ONU), União Africana (UA), Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o Exército coloca ao serviço destas organizações meios humanos e materiais, para missões de ajuda humanitária e apoio à manutenção da Paz.
Um dos pilares da modernização do Exército está no subsistema de ensino, integrada por estruturas e actividades que engloba as componentes académicas e técnico-militar, no âmbito das grandes áreas do conhecimento científico.
O objectivo principal é proporcionar aos militares uma formação de carácter global, progressivo e integrado, que permita manter, aperfeiçoar e complementar as suas competências, bem como contribuir para a valorização profissional, cultural, cívica e física.
Além da instrução, que fornece preparação básica aos jovens recém enquadrados nas fileiras das Forças Armadas, o subsistema comporta ainda quatro escolas com cursos técnicos profissionais. As instituições estão preparadas para formar e habilitar os recursos humanos do Exército com conhecimentos técnico-científicos, tendentes ao eficaz e eficiente desempenho da carreira militar ou serviço militar activo, visando à defesa do espaço terrestre do país.
Uma das grandes conquistas recai para a formação superior, com duas instituições que, além de militares angolanos, tem preparado igualmente quadros de organizações multilaterais, como CPLP e SADC.
A Academia Militar e o Instituto Superior Militar têm por missão formar oficiais do quadro permanente do Exército, habilitando-os ao exercício das funções que estatutariamente lhes são acometidas, conferir as competências adequadas ao cumprimento das missões específicas do Exército.
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