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Protestos em Moçambique: mortes, destruição de bens e cidadãos a abandonarem o país

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Os protestos que emergiram em várias cidades moçambicanas na segunda-feira, 23, horas depois de o Conselho Constitucional confirmar a vitória da Frelimo nas eleições de 9 de Outubro, provocaram até agora três mortes, segundo confirmaram fontes locais, feridos não contabilizados, queima de autocarros e muitos confrontos entre manifestantes e as forças da ordem.

Hoje, a capital acordou deserta, mas há relatos de muita tensão e o director do Hospital Central de Maputo disse que enfrenta “momentos difíceis”, pela falta de profissionais que não conseguem chegar ao estabelecimento devido ao bloqueio de estradas e medo dos protestos.

O jornalista local, Vicente Lopo, disse que a situação inspira cuidados e há vários cidadãos a abandonarem o país.

A cidade da Beira, na província de Sofala, no entanto, está em alvoroço, várias ruas continuam bloqueadas, estabelecimentos comerciais foram vandalizados e bens saqueados.

Até ao momento, já foram vandalizadas três esquadras e também a casa do Arcebispo local foi alvo dos manifestantes, bem como o centro de saúde que funciona ao lado.

A circulação é praticamente inexistente na cidade.

Escute as declarações do jornalista moçambicano, no Jornal da Noite, às 19 horas, na Rádio Correio da Kianda.

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