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Nova Divisão Político-Administrativa requer actualização do património

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O Sector da Cultura na província do Cubango começa, a partir do primeiro trimestre deste ano, com o processo de catalogação e actualização dos monumentos e sítios históricos, para uniformizar o património cultural desta região, no quadro da nova Divisão Político-Administrativa (DPA).

A informação foi avançada, pelo director provincial da Cultura, José Eduardo Ezequias, que acrescentou ser necessário proceder-se a um novo levantamento presencial, com base na divisão que foi feita ao Cuando Cubango, que resultou nas províncias do Cuando e do Cubango.
José Eduardo Ezequias revelou que o trabalho arrancou, em Janeiro, com a auscultação das comunidades, sobretudo com as autoridades tradicionais, no quadro das festividades do Dia da Cultura Nacional, com uma deslocação ao município do Cuchi e posteriormente no Savate, Cuangar, Caiundo, Calai e Nancova, por possuírem um elevado potencial cultural e turístico.
O director fez saber que está, igualmente, programada a colocação de sinaléticas nas confluências dos rios Cuito e Cuanavale, que abrangem, actualmente, as províncias do Cuando e do Cubango.
Para o efeito, sublinhou, foram criadas equipes integradas por quadros dos sectores da Cultura e Turismo, no sentido de se fazer um diagnóstico profundo, com maior incidência nos novos municípios.
“Este processo é obrigatório por causa da extinta província do Cuando Cubango, cujos elementos que constituem património e o acervo ficaram condicionados”, referiu.
Neste momento, destacou, precisa-se conhecer melhor o historial da Vila Armada de Nancova, ver o potencial cultural que dispõe, dinamizar o Forte Vunongue e as antigas Cadeias do Missombo, que além de terem um grande valor cultural, também são infra-estruturas militares que chamam a atenção dos visitantes locais e turistas de várias nacionalidades.
Segundo o responsável, essas localidades apresentam enormes potencialidades culturais, além da manifestação e valorização dos hábitos e costumes que vão, igualmente, impulsionar o investimento privado e atrair milhares de turistas.
José Eduardo Ezequias realçou que o Sector da Cultura não pode ser visto apenas pelas tradições culturais, mas sim pelos factos históricos que revelam contos reais, sobretudo do país durante o período colonial e que a sua exploração vai contribuir para a arrecadação de receitas para os cofres do Estado.
Independentemente do Memorial da Batalha do Cuito Cuanavale, referiu, agora pertencer à região do Cuando, não deixará de ser do Cubango, por continuar a unir o povo das duas províncias.
Coesão cultural  impulsionada 
José Eduardo Ezequias disse que no Sector da Cultura a nova Divisão Político-Administrativa vai permitir uma maior coesão, fortalecimento e empoderamento dos grupos étnicos e culturais.
“Esta iniciativa louvável veio, igualmente, atenuar o sofrimento nas deslocações dos grupos carnavalescos, dos municípios do Rivungo, Mavinga e Dirico, que tinham que percorrer longas distâncias até à cidade de Menongue para participarem no Entrudo provincial”.
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