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Grupos do Prenda ambicionam o pódio na classe de adultos

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Os principais grupos carnavalescos do município da Maianga trabalham com o objectivo de conquistar o pódio da maior manifestação cultural na capital do país, edição 2025, cujo desfile central se realiza no dia 3 de Março, na Marginal da Praia do Bispo, num ambiente que se espera festivo alusivo aos 50 anos da Independência Nacional.

Tratam-se dos grupos União 54, 10 de Dezembro, Jovens da Cacimba e Amazonas do Prenda. As quatro agremiações de maior referência da Maianga, há mais de 10 anos que não vivem a euforia da conquista do Entrudo de Luanda.
Para o responsável máximo do União 10 de Dezembro, Albino Vidal “Micha”, depois de conquistar o segundo lugar da edição passada, na classe B, a agremiação, ambiciona voltar às conquistas, com o objectivo de honrar a memória do eterno comandante Pedro Vidal, que morreu em Junho de 2020, no hospital do Prenda, vítima de doença.
Com mais de 40 anos dedicados à Cultura Nacional, particularmente a dançar o Carnaval, o responsável da maior força carnavalesca da Maianga afirmou que Pedro Vidal, homenageado em 2011, pelo Ministério da Cultura pela sua entrega ao Entrudo, tornou-se o maior símbolo do 10 de Dezembro, conquistando com a agremiação quatro títulos (1991, 1999, 2002 e 2006). “O meu pai está a ser honrado pelos seus herdeiros dando continuidade ao seu legado e a continuar a desfilar entre os crónicos candidatos à festa do povo”.
Nas vestes de dirigente, revelou que está a procurar levar a bom porto o grupo, graças à experiência que “bebeu” do pai ao longo dos anos. Fez saber ainda que o espírito que reina no grupo é o de vitória, porque o 10 de Dezembro sempre foi um crónico candidato ao título do Entrudo de Luanda.
Fundado a 10 de Dezembro de 1978, na zona da 8ª Esquadra do Prenda, tem na galeria quatro títulos. Os feitos do melhor grupo da Maianga foi sob a liderança do exímio comandante Pedro Vidal.
Grupo União 54
O grupo União 54, um dos mais antigos do Entrudo da capital do país, segundo o presidente, Joaquim Manuel, começou a preparar a “festa das multidões” em Novembro do ano passado, com a finalidade de vencer o desfile competitivo da classe B de adultos.
Apesar das dificuldades, por não conseguir até agora patrocinadores, disse que o 54 ambiciona vencer a presente edição, para que em 2026 possa desfilar entre os grandes do Carnaval de Luanda.
Visivelmente preocupado com o atraso na produção da alegoria, fez saber que a outra parte do subsídio do Carnaval em falta está a dificultar ainda mais a preparação do grupo. Apelou para que a Associação Provincial do Carnaval de Luanda (APROCAL) resolva o problema.
Joaquim Manuel disse que está convicto que o 54 vai descer a Marginal da Praia do Bispo com espírito de vitória ao ritmo do semba. Fundado a 5 de Junho de 1954, na zona da Praça dos Quibala, por um grupo de pescadores e peixeiras que na altura se dedicavam à venda de peixe na Praia da Mabunda, no bairro da Samba.
Desde a criação como grupo carnavalesco, o 54 venceu apenas uma vez o Carnaval de Luanda, na época de 1998. O grupo está há 27 anos sem conquistar um título.
Amazonas do Prenda
Para o secretário-geral do Amazonas do Prenda, Domingos M’boloy, tecnicamente o grupo está cem por cento preparado para mostrar o que se preparou no domínio da dança, canção, falange de apoio entre outras categorias.
Deu ainda a conhecer que a maior preocupação do momento é a produção da alegoria, uma vez que a festa do povo já está às portas. Sobre os subsídios, procurou manter-se em silêncio por causa dos atrasos constantes na entrega dos apoios.
Com um título conquistado em 1992, M’boloy explicou que o grupo sempre preparou a festa das multidões para estar entre os melhores da classe A. Há 33 anos desde a conquista do último título, explicou, o Amazonas do Prenda está sempre entre os cinco melhores classificados na maior montra do Carnaval de Luanda.
Este ano, o grupo vai render uma homenagem aos Reinos de Angola, cujo principal objectivo da agremiação é estar entre os três melhores classificados da classe A, num ano em que a festa do Carnaval é dedicada aos 50 anos da Independência Nacional.
Fundado a 27 de Janeiro de 1987, data em que começou a dançar o Carnaval, apesar de estar sempre entre os melhores classificados no desfile competitivo da classe A, o Amazonas do Prenda conheceu o maior feito, em 1987, quando se consagrou vencedor do Carnaval de Luanda.
Jovens da Cacimba
José Andrade, presidente do União Jovens da Ca- cimba, disse que o apoio tardio aos grupos pode perigar a festa do povo. Espera que a organização atribua com alguma brevidade os subsídios em falta.
Ao ser verdade, receia que o mesmo venha a acontecer em relação ao ano passado, em que os grupos receberam os subsídios 48 horas antes do desfile central do Carnaval. “Quanto mais cedo as agremiações forem subvencionadas, melhor será a preparação.”
Enquanto isto não acontece, o Jovens da Cacimba está a trabalhar com o que se tem, o mesmo está a acontecer com os demais grupos. José Andrade reconheceu que os grupos da Maianga, há anos que não vencem o Carnaval de Luanda, assim como os munícipes daquela região, nunca mais festejaram com euforia um título.
De acordo com José Andrade, o Jovens da Cacimba está a trabalhar arduamente para trazer de volta a alegria aos munícipes, acrescentando que, para que tal feito aconteça, é necessário mais investimentos e inovações.
Este ano, afirmou, a finalidade é quebrar o jejum que perdura aos grupos do município por várias décadas. Espera que no fim do desfile competitivo da classe A, o Jovens da Cacimba seja consagrado o grande vencedor. Por isso, disse, estão a trabalhar dia e noite para que este resultado, sem desprimor dos outros grupos, seja alcançado.
Fundado a 2 de Fevereiro de 1998, na zona da Cacimba, defronte ao viaduto do Nzamba II, a agremiação tem o semba como a dança de eleição. O grupo venceu o Carnaval de Luanda em 2012.

 

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