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Artistas angolanos participam em exposição de arte na Holanda

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Os artistas plásticos angolanos Sapate Doudou, Casca e Joselina Pemba participam desde o passado dia 5 do mês em curso numa exposição colectiva denominada “Angola: Between dreams & Reality”, que decorre na Hoogstraat, cidade de Shiedam, na Holanda.

A colectiva é uma iniciativa do projecto OpenArtExchange e ficará patente até ao dia 3 de Maio. De acordo com o programa da organização, a mostra destaca a diversidade artística da África.
Angola, refere, é a quarta parada e tem uma história rica, “porém turbulenta”, de colonização, guerra e resiliência. O sector das Artes no país está a ganhar reconhecimento significativo.
Os artistas angolanos, segundo a organização, promovem a cena independente e experimental, redefinindo a herança e descolonizando a identidade cultural dentro da arte contemporânea.
Para a exposição que, em português, significa “Angola: Entre sonhos e realidade”, foram seleccionados três pintores surrealistas angolanos de diferentes gerações, inspirando-se na vida quotidiana e raízes étnicas, mas cada um com seu estilo próprio.
O artista plástico Casca, que surge nos anos de 1976, mistura elementos cubistas com o simbolismo e a mitologia das culturas indígenas angolanas, particularmente do povo cokwe. Vai apresentar na mostra máscaras figurativo-abstratas surrealistas e modelos de vida de rua angolana, em acrílico sobre tela.
Por sua vez, Sapate Doudou, da geração de 1982, traz como proposta criação de visões surrealistas e oníricas da sociedade moderna com elementos figurativos em acrílico sobre tela.
As composições de Sapate Doudou são fluidas e abstratas e reflectem o caos e a injustiça da vida quotidiana enquanto buscam significado e valores universais. E tem inspiração nos artistas Cristiano Mangovo, Picasso e Francis Bacon.
Já Joselina Pemba, que surge em 1990, cria nas suas obras um simbolismo surrealista extravagante e colorido com um toque satírico em acrílico sobre tela. Misturando colagem com tons vibrantes, seu trabalho apresenta personagens fantásticos e bem-humorados e seres híbridos.
Em declarações, ontem, ao Jornal de Angola, Joselina Pembe, uma dos participantes na colectiva, disse que apresentou cinco obras com os títulos “Diálogo”, “Viva lá vida”, “Ndona dya kalunga”, “Soba” e “Cumplicidade”.
A artista sublinhou que o convite para a participação da mostra surgiu como uma aventura para si, porque não esperava receber o convite muito cedo e de forma repentina. “Troquei
impressões com o responsável do projecto, e de repente pediram para enviar o meu currículo e procuraram saber se tinha obras disponíveis para expor, disse que sim e, daí fui seleccionada”.
Joselina Pemba afirmou que se sente feliz por participar na colectiva com artistas de diferentes gerações e com uma experiência salutar. “Os responsáveis do projecto partilharam comigo que acompanham o meu trabalho e crescimento artístico, isso me deixou muito grata”, referiu.
O momento, descreveu, é bastante desafiador e um ponto alto da sua carreira artística, sendo que é a segunda vez que expõem no continente europeu, recordando que a primeira aconteceu em Portugal, em 2023, no projecto “Two In One”, com o tema da exposição “Transcendência”. “Acredito que estas participações são uma forma de internacionalizar a carreira enquanto artista e abertura de outras portas e uma maior valorização do meu trabalho”.
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