Combate ao surto da cólera vai ter reforço financeiro

A governante fez estas considerações no fim da visita que efectuou à província de Benguela para auferir os motivos por detrás do aumento acelerado de casos de cólera nos últimos dias nesta região do país.

Segundo Sílvia Lutucuta, a estratégia de combater a cólera é comunitária e qualquer cidadão tem que se transformar num combatente da linha da frente, porque todas as medidas de biossegurança começam em casa no seio da família, como é o caso do tratamento da água para beber.

Existe uma cadeia que deve ser acompanhada, desde a água que é fornecida nas torneiras, das cisternas, kupapata e a que as famílias vão buscar ao rio, que precisa de ser tratada. Por isso, foram disponibilizados recursos financeiros para a compra de produtos para o tratamento da água.

O Ministério da Energia e Águas, sublinhou, está a cumprir com o seu papel que será reforçado com os recursos financeiros autorizados pelo Presidente da República.

“Temos outras necessidades a nível das províncias. Estamos a mandar os planos para o Ministério das Finanças, o órgão central do Ministério da Saúde também tem as suas necessidades. O mais importante é conseguir os meios, porque a saúde dos Angolanos, como temos dito, não tem preço”, afirmou.

O outro sector chave, indicou, é do Ambiente, contudo sublinhou que tudo passa pelo apoio que se tem junto das comunidades.

Para a ministra da Saúde, a província tem estado a trabalhar numa estratégia comunitária, em que a peça fundamental é o administrador municipal e a sua equipa. Acrescentando que, quando há emergência todos devem trabalhar de forma multissetorial, mas, também, com uma verticalização das atribuições dos sectores a todos os níveis.

“Fizemos visitas de campo para constatar a situação da província. Gostamos das acções em curso que visam o combate da pandemia e em conjunto, há aspectos que vamos melhorar, porque estamos mobilizados para trabalhar em equipa e contamos com o apoio da comunicação social nesse sentido”, frisou.

Durante a visita, Sílvia Lutukuta apelou à população para a rigorosa observância das medidas de prevenção, como a lavagem frequente das mãos com água e sabão, não defecação ao ar livre, ferver ou desinfectar com cinco gotas de lixívia a água para consumo e conservação correctamente os alimentos.

A governante manteve também um contacto directo com várias famílias residentes em bairros periféricos da sede municipal da Baía Farta com destaque para a comunidade do Liro, uma das mais afectadas pelo surto de cólera.

A visita da ministra insere-se nos esforços da Comissão Interministerial de Resposta à Cólera, que tem desenvolvido acções coordenadas nas zonas mais vulneráveis da província.