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A deslocação do Chefe de Estado angolano à residência oficial da Presidente indiana marca um dos momentos altos da visita oficial que o estadista angolano cumpre, desde ontem, em terras de Mahatma Gandhi.
Durante a reunião entre os Presidentes de Angola e da Índia,será avaliado o estado da cooperação , que remonta ao ano de 1979, devendo, num segundo momento, João Lourenço e o Chefe do Governo indiano, o Primeiro-Ministro Narendra Modi, encabeçar as conversações entre as duas delegações ministeriais, altura em que se prevê a assinatura de vários instrumentos jurídicos.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Teté António, o Presidente João Lourenço reúne-se, primeiro, com a homóloga da Índia e, depois, o trabalho vai acontecer durante o encontro com o Primeiro-Ministro Narendra Modi, tendo assegurado que as delegações vão estabelecer negociações e assinar acordos de cooperação nos domínios da Agricultura, Saúde e Cultura.
“Como sabem, a saúde é um dos vectores da economia indiana e, também, da diplomacia económica indiana, tendo em conta não só o facto de este país ser chamado a ‘farmácia do mundo’, mas, também, por dispor de extraordinárias condições médicas e tecnológicas, incluindo domínios tão sensíveis como as novas tecnologias”, esclareceu o ministro.
Téte António destaca importância da cooperação

Teté António disse, ainda, que “se olharmos para o Silicon Valley, dos Estados Unidos da América, que é muito conhecido, a massa crítica que trabalhou naquele local foi a indiana”, sublinhando que isso impactou muito no desenvolvimento que se conhece hoje do país asiático no sector das Novas Tecnologias.
“São todas essas oportunidades que Angola gostaria de aproveitar”, ressaltou o chefe da diplomacia angolana.
Teté António confirmou, igualmente, que o Presidente João Lourenço vai ter essas negociações, mas também haverá, no último dia da visita de Estado, uma deslocação ao Fórum de Negócios, durante o qual vai proferir o discurso de abertura, perante uma plateia de empresários angolanos e indianos.
A importância de uma cooperação com a Índia, referiu o ministro das Relações Exteriores, surge na sequência do conhecimento mútuo entre os dois países, enfatizando que os angolanos estão a aprender a conhecer melhor os indianos e vice-versa.
“Isso significa que vai impactar no nível de interesse e das acções concretas que possam alavancar as nossas economias. Precisamos deles, como eles precisam de nós. Temos, hoje, a agenda de transformação para o nosso país, no que diz respeito à diversificação económica, que encontra muitas soluções aqui na Índia”, acentuou.
O grande desafio de Angola, de acordo ainda com o chefe da diplomacia angolana, é que a dinâmica das relações, daqui em diante, seja outra, com tendência sempre para melhorar.Embora os dois países partilhem uma relação boa, Téte António admitiu que têm sempre a ambição de melhorá-la ainda mais.
“E um país como o nosso, temos todas as razões de ser sempre e sempre muito mais ambiciosos, no que diz respeito aos objectivos que queremos atingir”, acentuou.
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