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Angola venceu, mas a organização tropeçou

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Angola entrou no Afrobasquete 2025 como quem sabe o peso da própria história. Pé direito firme no chão, cabeça erguida e olhos no troféu.

Foi uma estreia sem espaço para dúvidas: 85-53 frente à Líbia, um recital de autoridade do primeiro ao último minuto.

Os hendecampeões africanos ainda não estão no ponto ideal  e Pep Clarós sabe disso. O técnico espanhol terá muito que afinar na engrenagem tática, mas, mesmo assim, já conseguiu entregar aos adeptos um espetáculo com a marca registada do basquetebol angolano: intensidade, raça e coração.

No Multiusos do Kilamba, o público vibrou como há muito não se via. A cada arrancada de Kevin Kokila, a cada explosão de velocidade de Childe Dundão, a cada presença imponente de Sílvio Sousa e Jilson Bango, o pavilhão tremia. Gakou, com a sua entrega incansável, foi a faísca que manteve a chama acesa. Esta equipa não jogou apenas para ganhar  jogou para representar, para afirmar uma identidade e renovar a confiança de quem encheu as bancadas e de quem, do sofá de casa, se sentiu parte desta vitória.

Mas nem tudo brilhou sob os refletores. O comité organizador falhou onde não podia falhar: o cronómetro. Uma interrupção de mais de uma hora, por um problema técnico, manchou a festa. Num torneio continental, com direitos televisivos e a atenção do continente inteiro, este tipo de falha não é apenas um deslize  é um aviso de que precisamos melhorar.

E é justamente aqui que mora a oportunidade: corrigir o que não funcionou e mostrar que Angola, dentro e fora de campo, sabe jogar para ganhar. Temos talento, temos paixão e temos condições. Que esta vitória inspire também a organização a elevar o padrão, para que cada jogo seja, dentro e fora das quatro linhas, um retrato digno do país que sonhamos ser.

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