Caldo do Poeira” está de volta para valorizar a cultura nacional
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Maya Cool, um dos artistas de cartaz, no regresso do projecto “Caldo do Poeira”, a decorrer, no domingo, a partir das 10h00, no espaço Prova d’Art Miramar, defendeu que o projecto reafirma a identidade cultural nacional.
A presente edição do evento, a ser transmitido pelo principal canal da Rádio Nacional de Angola, vai homenagear o “Trio da Saudade”, formado por David Zé, Urbano de Castro e Artur Nunes.
Além de Maya Cool, vão estar presentes no acto, para interpretar os temas dos artistas homenageados, os músicos Mister Kim, Zé Manico, Suzanito, Urbanito Filho e Dom Caetano, com acompanhamento musical da Banda Movimento.
Em declarações ao Jornal de Angola, Maya Cool afirmou que a principal mensagem do projecto consiste em valorizar “as nossas origens culturais”, reafirmar a identidade e demonstrar que a nova geração escuta, aprende e encontra inspiração em cantores como o “Trio da Saudade”. O autor de “Ti Paciência” reforçou o compromisso de beber dos cantores de referência com a participação no “Caldo do Poeira”, classificando o convívio como uma manifestação cultural que preserva e exalta a essência da música nacional.
A participação na presente edição, após 12 anos de interregno, significa para Maya Cool a reabertura de um baú cultural que valoriza figuras históricas da música angolana, como David Zé, Urbano de Castro e Artur Nunes.
Segundo o músico, a homenagem ao “Trio da Saudade” reforça a ligação directa com as raízes e dá continuidade à chama acesa por esses ícones da música nacional, manifestando o desejo de o público sair do evento com memória viva, energia intensa e confiança no futuro da música angolana.
“Iniciativas como o ‘Caldo do Poeira’ representam ponte de intercâmbio cultural entre músicos consagrados que reavivam lembranças e transmitem heranças, e emergentes, que recolhem experiências e conhecimentos partilhados pelos mestres”, realçou a voz de “Lágrimas”.
Compromisso com a música nacional
Segundo Maya Cool, um dos grandes propósitos do projecto consiste em expandir a música angolana além-fronteiras, apresentando-a em palcos internacionais como narrativa artística enraizada e testemunho identitário. Independentemente do estilo, seja semba, kizomba ou kuduro, defendeu, a música nacional integra um mosaico sonoro comum.
Maya Cool pretende ser lembrado, pelas futuras gerações, como elo de respeito às origens, guardião do legado dos precursores e construtor de pontes entre passado e futuro. O artista deseja ainda que as suas composições inspirem a juventude a sonhar, pesquisar e valorizar o património musical angolano.
Maya Cool acrescentou que a autenticidade representa um princípio fundamental, pois a voz transmite história e a caminhada exige resiliência. “A paixão pela música e a dedicação à arte sustentam a permanência, enquanto a composição em língua nacional, veículo das narrativas angolanas, revela-se indispensável, pois o mundo precisa de ouvir essa voz”, concluiu.
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