Presidente exige celeridade nas obras do “Américo Boavida” e “Queimados”

A recomendação foi baixada durante a jornada de campo que o Titular do Poder Executivo efectuou a essas três unidades sanitárias de alto nível, que teve como último ponto o Complexo Hospitalar “Pedro Maria Tonha Pedalé”.

A informação foi avançada pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, tendo referido que as obras dos hospitais Américo Boavida e Pedro Maria Tonha Pedalé, com a previsão de serem inauguradas em Junho e Novembro deste ano, respectivamente, vão comportar centros de formação para formação e capacitação de quadros.

O Titular do Poder Executivo iniciou a jornada de campo no Américo Boavida, seguido do Hospital dos Queimados e Pedro Maria Tonha Pedalé, onde constatou o nível de execução das obras de melhoria e ampliação, percorrendo alguns compartimentos, sobre os quais recebeu esclarecimentos detalhados dos empreiteiros.

No último ponto da jornada de campo, nomeadamente o futuro Complexo Hospitalar “Pedro Maria Tonha Pedalé”, o Chefe de Estado manteve um breve briefing com os ministros de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, e para a Área Social, Maria do Rosário Bragança, assim como com as ministras da Saúde, Sílvia Lutucuta, e das Finanças, Vera Daves, incluindo o empreiteiro da obra, que se julga estar relacionado com os trabalhos em curso nas três infra-estruturas hospitalares.

Em declarações à imprensa, Sílvia Lutucuta informou que o complexo hospitalar em homenagem ao general Pedro Maria Tonha Pedalé é uma unidade polivalente e terá todas as valências de uma moderna unidade hospitalar geral, com serviços de hemodialise, imagiologia e um centro de histocompatibilidade. Acrescentou que se pretende avançar, no futuro, com a realização de transplantes e uma pequena área de oncologia.

Sobre o facto de o Hospital ter registado, há sensivelmente três anos, momentos complicados, a ministra da Saúde sossegou a imprensa, garantindo que, finalmente, as obras decorrem a bom ritmo, com previsão de a unidade ser inaugurada no final do segundo trimestre ou princípio do terceiro.

Neste particular, Sílvia Lutucuta acrescentou que o empreiteiro recebeu recomendações expressas do Presidente da República de tudo fazer para entregar o futuro hospital o mais rápido possível. Referiu que é um hospital de referência nacional.

Em relação à inclusão dos centros de formação nos hospitais Américo Boavida e Pedro Maria Tonha Pedalé, a ministra da Saúde esclareceu que a segunda unidade hospitalar se diferencia por ter, além de uma sala operatória para cirurgias simuladas, cuidados intensivos e outros compartimentos de assistência especializada.

O Complexo Hospitalar, localizado na Samba, enfatizou a ministra, vai ter ainda um robot dedicado apenas à formação, e um outro para prestar assistência.

“O que quer dizer que já é um facto a assistência com robótica, que teve o seu início no Hospital Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, e, também, para a formação”, enfatizou.

“Américo Boavida” vai realizar serviços de altíssima complexidade

Na ocasião, a ministra Sílvia Lutucuta disse que o Hospital Américo Boavida, em reabilitação e ampliação no município do Rangel, vai ter 600 camas e tornar-se o maior do país, com serviços de altíssima complexidade, entre os quais uma área de infecto- contagiosa com autonomia quer laboratorial de imagem, quer de operatória.

A unidade, que já foi hospital universitário, vai dispor ainda de um centro de formação e acomodação para os técnicos em formação, assistir aos profissionais nas suas especialidades e, também, para os professores, assim como para adequar o processo de assistência.

Sector vai ter câmaras hiperbáricas

Ao fazer o balanço geral da visita de constatação do Titular do Poder Executivo nas três infra-estruras hospitalares, a ministra da Saúde anunciou que o sector que dirige vai contar, pela primeira vez, com câmaras hiperbáricas.

Os equipamentos médicos, disse Sílvia Lutucuta, vão ajudar a complementar os serviços de queimados, mas também outras patologias com esta complexidade.

Quanto ao Hospital dos Queimados, Sílvia Lutucuta assegurou que as obras decorrem a bom ritmo e será uma unidade com 248 camas, das quais mais de 150 dedicadas a queimados e as restantes para complementar as valências de um hospital geral.

Serviços do Complexo Hospitalar “Pedalé”

O Complexo Hospitalar “Pedro Maria Tonha Pedalé” é uma unidade sanitária de referência do 3º nível de prestação de cuidados sanitários, implantado numa área bruta de 42.157, 65 metros quadrados.

Com uma área total de construção de 32.000 metros quadrados, a unidade tem a capacidade para albergar 144 camas, sendo 111 camas de internamento e 33 cadeiras de hemodiálise.

Composto por três edifícios, o primeiro acolhe o hospital, constituído por três pisos, comportando as áreas de manutenção, lavandaria, morgue com 15 gavetas, esterilização, ecocentro, efluentes, cozinha, área técnica, armazéns, farmácia hospitalar, vestiários, radioterapia, medicina nuclear, resíduos hospitalares, depósito de água para a hemodiálise, banco de urgência, imagiologia, consultas externas I, hospital de dia, medicina física e reabilitação, área administrativa, área laboratorial, exames especiais e consultas externas II.

O hospital integra ainda Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), 5 blocos operatórios, recobro e cuidados intermédios, bloco de partos, área técnica e de internamento.

O edifício de estacionamentos é constituído por três pisos com um total de 180 vagas e um heliporto na parte superior, farmácia pública e área de hemodiálise com 33 cadeiras.

O bloco de apartamentos tem seis pisos com 20 apartamentos T2 e um Centro de Treinamento constituído por 4 pisos, destinados à formação.