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Exposição destaca aspectos da arte no progresso do país

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Mais de 30 peças de arte estão patentes, desde quinta-feira, no Palácio de Ferro, em Luanda, enquadradas na exposição “Sona: traços de uma herança”, das artistas Carla Peairo e Hermelinda Zau.

A mostra, que foi aberta pelo Ministro da Cultura, Filipe Zau, e fica patente até o final do mês de Abril, aborda os Sona, uma arte milenar de desenhos e figuras geométricas na areia, do povo Lunda Cokwe, de Angola, considerado Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
As artistas com a exposição pretendem mostrar aspectos da arte que podem ajudar no desenvolvimento do país, como por exemplo, a possibilidade de utilização dos Sona como meio de incentivo à criatividade, estimular o interesse pela investigação aplicada ao desenvolvimento da imaginação e inventividade.
Dar a conhecer a importância educativa dos desenhos na areia e a sua aplicação em ateliês de expressão e criatividade, projectar a aplicação futura dos Sona em programas de desenvolvimento pessoal e aprendizagem em áreas de ensino em Angola, e, ainda, a revalorização da prática ancestral e herança cultural angolana são outros propósitos da exposição.
O ministro da Cultura, Filipe Zau, reconheceu a importância da exposição e das artistas, por as suas obras reflectirem aspectos relacionados com a identidade do povo africano.
“Há uma tendência de personalização da identidade angolana e da identidade africana cada vez mais subjacentes nos nossos artistas. Será necessário que esta influência dos artistas possam vir mais tarde a entrar nos manuais de educação de Angola. As novas gerações precisam conhecer através da educação, para que elas se conservem e possam transmitir esta ancestralidade às novas gerações”, disse.
Segundo Filipe Zau, falar dos Sona é falar de ancestralidade e de um património cultural imaterial reconhecido pela UNESCO. Os Sona, continuou, também, é o representante do pensador, o símbolo nacional da cultura. “Acabamos por neste momento ligar a ancestralidade ao desejo de modernidade, e a isso podemos chamar endogeneidade, não é apenas o olhar para o retrovisor da história, é também o projectar de um conjunto de ideias para a modernidade, e isto acredita-se ser o que se pretende com a exposição”.
O ministro da Cultura disse que Angola tem muita riqueza cultural, por ser um país com uma diversidade e multiculturalidade, que se deve aproveitar precisamente para a divulgação, diplomacia cultural e promoção da identidade cultural da Angola. “É com estas coisas que marcamos a diferença de nós em relação aos outros”, disse o governante.
Carla Peairo mostrou-se feliz com a exposição, revelando que quem a visitar sairá com muita informação com relação aos Sona. Segundo a artista, procuraram apresentar as peças de uma forma que distintas pessoas possam conhecer mais sobre a prática.
Já a artista Hermelinda Zau explicou que as peças que apresentou são de utilidade, com os desenhos Sona, que apresentam diferentes realidades da herança dos ancestrais.
A artista explicou que se interessou pelos desenhos em 1995 e desde a data não mais parou de os revelar. “Gostaria que os utensílios fossem adquiridos para restauração ou para o turismo, porque poderão ser muito úteis para a promoção da cultura angolana”, disse.
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